Calcula-se que existam, em Portugal, 210 transexuais; uma imensa minoria que sofre discriminação e exclusão social porque acredita que nasceu no corpo errado.
No nosso país, ao contrário da maioria dos países europeus, grande parte dessas pessoas são mulheres que se sentem homens porque é essa a informação que o seu cérebro lhes dá. Há algumas que chegaram a casar e ter filhos para tentar encaixar num padrão de normalidade mas que, para serem felizes, acabam por se transformar em homens e como os seus filhos não podem ter 2 nomes de pai, no bilhete de identidade, ficam presas numa encruzilhada.Muitos transexuais continuam a sobreviver com identificações e género oficiais diferentes daqueles que se sentem - há homens com BI de mulheres e mulheres com identificação de homens. Tudo porque mudar o nome e o género, até agora, era um processo longo e caro, que tinha que passar pelo tribunal.
Com a nova lei de identidade de género, esta situação vai ser muito mais fácil e rápida de resolver porque o processo passa para as conservatórias e o transexual, mesmo antes de ser operado, pode mudar o seu género e nome apenas com relatórios médicos.
A perturbação de identidade de género, mais conhecida como transexualidade, está classificada como uma doença psiquiátrica. Uma doença que tem cura e que passa por uma cirurgia para transformar o corpo no sexo que a pessoa acredita ser o seu. Uma operação que tem que ser autorizada pela Ordem dos Médicos e cuja lista de espera é de dois anos, até porque só há um cirurgião, que até já está reformado, a operar em Portugal.
As pessoas transexuais sobrevivem anos numa ambiguidade terrível até ao momento da libertação, que coincide, quase sempre, com um momento de grande sofrimento para as suas famílias.
«Metamorfose» é uma reportagem de Alexandra Borges, com imagem de Tiago Ferreira, Paulo Oliveira, Gonçalo Prego e João Franco e montagem de Miguel Freitas.
**a reportagem é dividida em 3 partes mas no youtube só colocaram duas ¬¬',mas o importante é a mensagem que é passada.
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