Indescritível a emoção ao assistir um capítulo tão bem produzido, deste que foi ao ar dia 24 de janeiro da minissérie “O Brado Retumbante”, de Euclydes Marinho.
A minissérie que vem abordando assuntos polêmicos da política,
romance, adultério e traição, dedicou um capítulo inteiro a um
personagem transexual, o Júlio Arruda Ventura, vivido pelo ator Murilo Armacolo, que na trama tornou-se Julie, filho do presidente Paulo Ventura (Domingos Montagner) e Antonia (Maria Fernanda Cândido).
Júlio Arruda Ventura ou Julie, vivido pelo ator Murilo Armacolo.
Maria Fernanda Cândido e Domingos Montagner
Neste capítulo, Júlio volta ao Brasil depois de expulso de casa pelo
pai, só que como Julie. O retorno ao país acontece depois que seu pai
assume a presidência, o motivo era para a troca do nome em seus
documentos após transformar-se numa “mulher”, ou seja, ao submeter-se a
cirurgia de redesignação sexual. Só que sua chegada causou conflitos,
rejeição, sofrimento, intolerância e violência. Confira o episódio
abaixo.
A Globo abordou o assunto com muito cuidado e respeito. Acredito que
este capítulo tenha colocado muitas famílias a pensar sobre o caso da
transexualidade.
Você pai, mãe e irmão. Ao saber que seu filho é um transexual, como reagiria? O que é ser normal? Já parou pra pensar?
A minissérie dá uma aula e mostrou a diferença de um transexual para um travesti. E melhor, do que é ser GAY. Aprendeu?
As cenas que mais gostei e emocionei foram….
1ª Cena.Quando ele chega no aeroporto para o check
in. Mostra que a companhia aérea TAM está preparada para este tipo de
caso e o trata com maior naturalidade.
2ª Cena. Quando o pai vê o filho transformado como Julie pela primeira vez.
3ª Cena. Quando o pai realiza um flash back do filho quando mais novo antes de se transformar.
4ª Cena. O encontro da mãe com o filho.
5ª Cena. Quando o psicanalista/terapeuta conversa com o presidente sobre a diferença entre ser gay e transexual.
6ª Cena. Em que Julie é agredida por pitboy.
7ª Cena. A melhor cena! Quando o presidente e pai
assume ter filho homossexual** e pedi desculpas pelo erro em público em
canal aberto. Existe melhor prova de amor?
Comente sua cena preferida!
Parabéns para o Euclydes Marinho e a Rede Globo.
Eu tive a oportunidade de conhecer uma transexual ainda não operada.
Posso afirmar que “ela” sofri muito quanto sua condição sexual. Não tem
apoio da família e aos 15 anos saiu de sua cidade natal do nordeste e
aterrizou em São Paulo para ganhar a vida dançando em uma banda de
forró. O melhor disso tudo, é que ela não se prostitui!
Seja bem vindo ao mundo da diversidade! Viva a paz, o amor e a igualdade. Só peço mais tolerância e respeito ao próximo.
Rafael Scapucim
scapucim@hotmail.com "
Fonte: http://blog.jovempan.uol.com.br/entreeles/a-minisserie-o-brado-retumbante-dedica-um-capitulo-inteiro-a-personagem-transexual/